O que acontece em uma música quando o clima psicodélico se encontra com o beat da discoteca? A melhor resposta está na faixa mais experimental de London Town, escolhida para encerrar o LP com seus 6 minutos e 24 segundos de pura diversão e, por que não, com o protótipo do que estaria por vir nos projetos criados por um dos pseudônimos de Paul, o The Fireman, a partir dos anos 1990. Fato é que "Morse Moose" (um trocadilho com as palavras ‘código Morse’ e ‘morsa’) and Grey Goose (‘ganso cinza’)” começou por acidente, enquanto Paul e Denny Laine tocavam notas aleatórias nos sintetizadores montados a bordo do Fair Carol. Paul percebeu que as notas eram semelhantes ao código Morse, o que acendeu uma lâmpada sobre sua cabeça. “Nós começamos a música nas Ilhas Virgens. Um dos pianos elétricos a bordo tinha um som engraçado. Então, comecei a tocá-lo e começou a soar como código Morse. Quando começamos a tocar fizemos seis minutos de efeitos e mais nada”. Em Londres, durante as sessões finais do álbum no A.I.R. Studios e Abbey Road, Denny Laine ajudaria Paul a finalizar os versos, adicionando ao título “Grey Goose”. Para reforçar o clima épico de “Morse Moose and the Grey Goose”, Wil Malone foi contratado para criar arranjos para cordas e metais. Gavyn Wright (que mais tarde seria chamado para tocar em “Once upon a Long Ago”) contribui com violino.
O Wings completo participou das gravações, pelo menos no início do processo, nas Ilhas Virgens: Paul no baixo, piano elétrico e mellotron; Denny Laine no piano; Linda nos teclados; Jimmy McCulloch na guitarra; e Joe English na bateria. Fonte: "Masters - Paul McCartney em discos e canções" de Claudio Dirani.
2 comentários:
O disco de um ex-Beatle que mais escutei em 2017. Adoro o London Town!
Essa sempre teve uma cara de "jam" para mim, legal, mas pouco representativa. Alias, faz tempo que não escuto esse disco.
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