quarta-feira, 11 de setembro de 2013

CASO ANA LÍDIA - 40 ANOS DE MISTÉRIO E IMPUNIDADE

Em 11 de setembro de 1973, a morte brutal de uma menina de 7 anos abalou para sempre o clima de tranquilidade que pairava sobre Brasília. Apesar da grande repercussão, ninguém foi punido pelo hediondo assassinato.
Ana Lídia Braga, sete anos, foi deixada pelos pais no pátio do colégio Madre Carmem Salles, em Brasília, na tarde do dia 11 de setembro de 1973. O jardineiro do colégio viu quando ela e um rapaz loiro, alto, com um livro vermelho na mão, saíram pelo portão lateral. Ana Lídia desapareceu. Por volta de meio-dia de 12 de setembro de 1973, ela foi encontrada morta no terreno da universidade. Seu corpo estava nu. O rosto, enterrado na terra. As escoriações e manchas roxas indicavam que ela havia sido arrastada pelo cascalho. A perícia apontou a causa da morte como asfixia, provavelmente decorrente de sufocação, e constatou que o assassino mantivera relações sexuais com o cadáver de Ana Lídia, mas não a teria molestado em vida. Seus cabelos loiros foram cortados de forma irregular, bem rente ao couro cabeludo, e estavam espalhados pela terra no local do crime. A boneca Susi, que ela levava para a escola, foi encontrada pela filha de um fuzileiro naval e quatro cadernos e alguns lápis de cor foram localizados nas redondezas. Mas a mochila e as roupas nunca apareceram. O irmão da vítima, Álvaro Henrique Braga, e um conhecido da família, Raimundo Lacerda Duque, foram acusados do crime na época, mas acabaram absolvidos por falta de provas. Nomes de filhos de pessoas influentes na sociedade de Brasília foram citados no inquérito, mas estranhamente eles não foram investigados. O seqüestro e assassinato da menina Ana Lídia ocorreram em plena ditadura militar, durante o governo do Presidente Médici. Sem que os culpados fossem encontrados, o Caso Ana Lídia se tornou símbolo da impunidade em Brasília. O mistério que envolve o assassinato da menina só aumentou com o passar dos anos. Ana Lídia virou nome de um parque em Brasília, e hoje, 40 anos depois de sua morte, seu túmulo é um dos mais visitados na cidade. Há quem acredite que a menina faz milagres.

3 comentários:

João Carlos disse...

Absolutamente tenebroso! Terrível! Pobre criança.Vai ver o desgraçado que fez isso até já morreu...e ninguém sabe nada até hoje.Esquisito,naquele período não terem achado o miserável.

Valdir Junior disse...

Essas barbaridades que cometem com crianças , fazem eu acreditar no minimo em pena de morte e outras coisas terríveis para esses monstros !!

Unknown disse...

Meu amigo Edu, todo dia no mundo aparecem casos como o da AnaLidia,acredito que temos que mudar muita coisa na nossa constituição, leis mais severas para casos como esse,