quarta-feira, 8 de maio de 2013

O MITO E O BRASIL: UMA PAIXÃO RECÍPROCA


Depois do épico show de 1990, quando levou quase 200 mil pes­soas ao Maracanã, no Rio de Ja­neiro, Paul McCartney ficou 20 anos longe dos palcos brasileiros. Em 2010, retornou ao país para apresentações em Porto Alegre e em São Paulo e, desde então, não deixou mais de vir. Entre 2011 e 2012 passou por Rio de Janeiro, Re­cife e Florianópolis. "É um pedido do artista. Ele quer tocar em luga­res que nunca tocou para alcançar o maior número de pessoas, é um desbravador", explica Lana Palmer, assessora da empresa de produção responsável pela turnê do músico no Brasil pelo quarto ano consecutivo. "Entre os shows de 2010 havia uma semana livre. Ele voltou pa­ra Londres, pois tinha que buscar a filha na escola", relembra Lana. Mas, se o beatle até dispensou uma semana livre para, quem sa­be, fazer turismo no Brasil, qual seria a origem do amor recente de Paul McCartney pelo Brasil? Um dia antes da abertura da Out There! Tour, em Belo Horizonte, uma foto postada na conta de Paul McCartney no Twitter deu uma dica das expectativas do músico com relação ao país. A postagem relembrou uma sur­presa armada pelos fãs de Reci­fe, em 2012, quando milhares de máscaras do músico foram usadas pela multidão. "O que os fãs do Brasil farão este ano?", perguntava o texto da publica­ção, demonstrando uma ponta de ansiedade. "A gente procura fazer home­nagens bacanas para ele. Tinham pelo menos 14 mil placas de "ThankYou" no show do Mineirão. Acho que é isso o que surpreende, a empolgação do brasileiro", es­pecula a publicitária Camila Flores, 24, uma das responsá­veis pela campanha "Paul, vem falar uai", que mobilizou as re­des sociais e, para surpresa das organizadoras, chegou ao músi­co. As cinco responsáveis pela iniciativa foram chamadas ao palco do Mineirão e ganharam autógrafos do músico — em duas delas, Paul assinou ao lado de tatuagens dos Beatles. Na segunda-feira pela manhã, a grafia em hidrocor já havia sido eternizada por tatuadores. "Fi­cou perfeito! O tatuador conse­guiu reproduzir até as falhas da caneta", comemora Cecília Cury, 21, ainda afônica. "Acho que ele ama o Brasil, deve ser o lugar mais maravilhoso para ele tocar. O público daqui tem paixão, de­monstra paixão, chora, sofre. Ele nunca vai sair do Brasil decep­cionado, tanto que esse é o quar­to ano seguido que ele vem!", vi­bra a jovem, que torce pelo retor­no do músico em 2014.

2 comentários:

Valdir Junior disse...

Tomara que volte mesmo em 2014 !!!
E depois em 2015,2016,2017 até onde ele conseguir segurar uma guitarra na mão !!!!

João Carlos disse...

Sem patriotada.Se fossemos tão bons em "votar" como somos em recepcionar (até quem não merece tanto)... a única vez que vi esse tipo de manifestação carinhosa,criativa e inusitada foi feita pela própria equipe dele no último show nos EUA daquela tour BACK IN THE US. As demais foram aqui.Note-se que mesmo sendo continental,com sotaques e outras pequenas diferenças,falamos a mesma língua e recebemos da mesma maneira.Nessas horas, SP,Brasília,Recife,Belô etc parecem o mesmo público.Brasileiros! E quem mais merece que o Paul ?