segunda-feira, 18 de março de 2013

ROBERT LOUIS STEVENSON - O GÊNIO E O MONSTRO

A postagem original sobre Robert Louis Stevenson e sua obra fantástica, foi publicada originalmente em 17 de abril de 2009.
O Batman, o Zorro, o Super Homem, o Hulk e tantos outros heróis que tem identidades secretas não existiriam, se não fosse a obra fantástica de Stevenson. Nascido em Edimburgo, capital da Escócia, Robert Louis Stevenson era filho de um engenheiro e de uma pastora puritana. Tanto o pai como a mãe carregavam uma tradição familiar em seus ofícios e isso determinou em muitos aspectos a vida do autor. Filho de engenheiro, ele entrou em 1866 na faculdade de engenharia de Edimburgo. Lá, estudou e escreveu durante 1871 e 1872 para o jornal universitário, o Edimburgh University Magazine, revelando seu gosto e talento para a literatura. Em 1873, após concluir a faculdade, Stevenson mudou-se para Londres, pois sentia-se deslocado no ambiente familiar, marcado por um clima coercitivo e pela inexorável moral e religiosidade puritanas. Em sua curta estadia na cidade passou a frequentar os salões literários para, algum tempo depois, partir por uma longa viagem pela Europa continental. 1876 foi importante em sua vida particular, pois nesse ano conheceu uma mulher norte-americana, Fanny Osborne, com a qual se casou em 1880, em São Francisco. Voltou à Inglaterra e trouxe consigo esposa e um enteado, chamado Lloyd. No ano seguinte foi internado na cidade de Davos, Suíça, para tratar de uma tuberculose, que há anos o acompanhava. A carreira de engenheiro, jamais exercida, foi preterida pela de escritor, que, a partir de 1882, foi marcada por uma acentuada proficuidade. Conheceu a notoriedade artística ao escrever, em 1886 "The Strange case of Dr. Jekyll and Mr.Hyde", um de seus maiores sucessos literários. Com a morte do pai, em 1887, Stevenson retornou aos Estados Unidos, onde voltou a tratar de sua tuberculose. No ano seguinte aventurou-se num veleiro por diversos arquipélagos do Pacífico-Sul, junto com a esposa e o enteado. Apaixonado pela paisagem paradisíaca se estabeleceu definitivamente em Apia, nas Ilhas Samoa, em 1889. Morreu prematuramente em 3 de dezembro de 1894, vítima de um ataque cardíaco.
O MÉDICO E O MONSTRO - UM CLÁSSICO INSUPERÁVEL! Em 1971, eu tinha 9 anos. Meu irmão Adelmar, 11. Desde que conhecemos a televisão, ficamos encantados. Era um tempo que a rede Globo engatinhava para ser a potência que é hoje. E lançou um novo programa: o CASO ESPECIAL. Era exibido uma vez por semana, sempre as terças-feiras, depois da novela. (Acho que era "Selva de Pedra", na época...) Todos nós, o Papai, a Mamâe, o Adelmar, a Lilinha, a pequena Cacilda e eu, éramos loucos por televisão e cultura inútil que, com o tempo ganhou o pomposo e merecido rótulo de "Cultura Pop". Pois bem, num domigo à noite,depois do futebol, começaram as chamadas para o CASO ESPECIAL da terça seguinte: "O MÉDICO E O MONSTRO". Com o teatral e inesquecível Sérgio Cardoso como protagonista. Meu irmão e eu, ficamos impressionados só com a propaganda. Na terça de noite estávamos todos lá. Com os olhos grudados na telinha (preto e branco) esperando a transformação do homem em fera! Aquilo, de certa forma, me abriu os olhos para muitas coisas e me mostrou que a criação não tem limites. Coleciono todos os livros de Stevenson que encontro. Só de "O MÉDICO E O MONSTRO - O ESTRANHO CASO DO DR JEKYLL & MR. HYDE", tenho 14 edições diferentes. Também adoro a "ILHA DO TESOURO". Inclusive, antes dos Beatles serem “THE BEATLES”, foram LONG JOHN AND THE SILVER BEATLES. Em clara homenagem ao anti-herói da história de Stevenson. Sou fã. Todos deveriam conhecer! Abração!
"O Médico e o Monstro" foi considerado o melhor livro de horror e suspense de sua época. E ainda hoje, marca profundamente quem lê. A história se passa em torno de um conceituado médico, Dr. Henry Jekyll, que vem se comportando de maneira estranha, chamando atenção de seus empregados e amigos. Cada vez mais isolado em seu laboratório, Jekyll começa a preocupar Mr. Utterson, advogado e melhor amigo, principalmente quando de posse de seu intrigante testamento. Enquanto isso, na cidade, um sujeito curioso e de atitudes bizarras aparece causando estrago e aterrorizando pessoas locais com suas atitudes loucas e embrutecidas. Mr. Utterson suspeita do envolvimento de seu amigo com o estranho forasteiro, e não concorda com tamanha benevolência com que o Dr. Jekyll vem tratando esse intrigante rapaz, Edward Hyde. O caso fica ainda mais complicado com a morte de Sir Davens, um ilustre membro do parlamento londrino. As suspeitas recaem sobre Hyde, que é visto entrando diversas vezes no laboratório de Jekyll, e inclusive carrega um cheque em nome do médico. Achando o caso deveras intrigante, e temendo pela vida de seu amigo, Mr. Utterson decide tirar a limpo essa história e vai até a residência de Jekyll em busca de explicações. No surpreendente final, Dr. Jekyll revela ao amigo que na realidade ele e Mr. Hyde eram um só. Terrível resultado de uma experiência realizada em seus laboratórios. Ao tomar a fórmula ele próprio, Dr. Jekyll se dissociou em dois: um de personalidade amável (o próprio médico) e outro de personalidade terrivelmente má (Hyde). Cada vez mais fraco, Jekyll não consegue lutar contra o monstro e teme por sua própria morte. O livro mantém uma atmosfera assustadora durante todo o enrredo, tornando-se assim um dos maiores clássicos do mistério e da cultura pop de todos os tempos.

4 comentários:

Pedro Renault de Barros Correia disse...

Caro Edu
Vejo que o seu bom gosto musical é acompanhado pelo literário - o que, a bem da verdade, não surpreende. Também aprecio o trabalho de Stevenson e acho genial a atmosfera sombria criada por ele, assim como o maniqueísmo entre Hyde e Jekyll - um homem acima de qualquer suspeita.
Adoro também as versões cinematográficas, em especial as interpretações clássicas de Fredric March e Spencer Tracy.

Edu disse...

Valeu, Pedro! Sem os livrin não somos nada, né? Não deixe de ver a postagem OS LIVROS QUE FAZEM A ALEGRIA DO BAÚ! http://obaudoedu.blogspot.com.br/2011/09/os-livros-que-fazem-alegria-do-bau.html

João Carlos disse...

Que belo post EDU! Abordando o gênio e sua obra.Trata-se de referência obrigatória no estilo.E o cara era mesmo um gênio.Antecipou de forma literária os conflitos existenciais da humanidade.Os lados bom e mal que existem nossa essência.

Unknown disse...

Edu, esse caso especial que voce comentou eu tambem me lembro de ter visto na globo,realmente esse é um dos maiores classicos da literatura,otimo post parabens.