domingo, 30 de dezembro de 2012

UM GÊNIO CHAMADO IRWIN ALLEN

Matéria publicada originalmente em 28 de julho de 2009
Irwin Allen nasceu no dia 12 de junho de 1916, em Nova Iorque, estudou jornalismo e propaganda na Universidade de Columbia e depois começou a trabalhar na rádio onde produzia, escrevia roteiros e também foi apresentador por quase onze anos. Durante esse tempo foi se entrosando com a televisão e o cinema e em 1944 criou uma agência com uma equipe de redatores que escreviam roteiro para a televisão e o cinema. Nos anos 60 o estúdio Fox abriu as portas para Allen e o encarregou de dirigir os novos longas-metragens de ficção científica. Dentro dessa nova fase, Allen deu início com o filme "The Lost World" (O Mundo Perdido) baseado na fabulosa obra de Sir Arthur Connan Doyle, produzido por Irwin Allen e Cliff Reid, direção de Allen e roteiros escritos por Allen e Charles Bennett. Em 1961, Irwin Allen começa a trabalhar no filme "Voyage to the Botton of the Sea" (Viagem ao Fundo do Mar), produzido e dirigido por Irwin Allen e roteiros dele e Charles Bennet. A história tem início quando um meteoro entra dentro da atmosfera terreste causando um efeito estufa e colocando em perigo a segurança mundial fazendo elevar a temperatura do mundo. Em 1964, Irwin Allen chega a televisão e inicia as suas produções de seriados começando por readaptar e reaproveitar a produção do filme "Voyage to the Botton of the Sea" de 1961, para uma série de televisão de mesmo nome, mostrando as aventuras da tripulação de um submarino nuclear. Viagem ao Fundo do Mar foi um enorme sucesso e durou até março de 1968, num total de 110 episódios, dos quais 32 foram produzidas em preto e branco e o restante a cores. A série era estrelado por Richard Basehart como Almirante Nelson e David Hadson como Capitão Crane. Depois de Viagem vieram outros megasucessos :”Lost in Space" (Perdidos no Espaço) em 1965, "The Time Tunnel" (O Túnel do Tempo) em 1966 e "Land of the Giants" (Terra de Gigantes) em 1968. O "Julio Verne da televisão" vinha idealizando vários projetos, como a criação de seu parque de diversão temático, e novas versôes para vários clássicos. Infelizmente, o seu tempo entre nós esgotou-se e faleceu no dia 02/11/1991 em Malibu, Califórnia. A notícia da morte de Irwin Allen foi ofuscada pela do produtor e criador de Jornada nas Estrelas, Gene Roddenberry. O gênio Irwin Allen foi inegualável. Desses que só acontecem uma vez em cada século. Como diretor, produtor ou roteirista ganhou o Oscar. Ele teve uma dúzia de indicações e levantou em cinco oportunidades a estatueta tão cobiçada. Que sua memória seja preservada por todos os seus trabalhos e cabe aos seus admiradores espalhados pelo mundo mantê-la acesa. Eu sou um deles, com certeza!
VIAGEM AO FUNDO DO MAR Viagem ao Fundo do Mar teve seu início no outono de 1964, as aventuras do submarino Seaview e a sua tripulação continuaram durante quatro anos É indiscutível que a estrela do seriado era o Seaview, o submarino mais poderoso e avançado da terra, um testemunho para o gênio de seu criador, Harriman Nelson. O Seaview assumiu uma variedade de missões, e por conseguinte levou muitos passageiros: espiões, políticos, líderes mundiais, homens militares, náufragos, estrangeiros, monstros e cientistas. A tripulação do Seaview era: o Almirante Nelson brilhante, o último cientista; o Capitão Crane corajoso, muito dedicado ao navio; o firme primeiro oficial, Chip Morton; o Curley Jones tristemente, saiu depois do primeiro ano da série mas competentemente substituido pelo Chefe Sharkey; e os Marinheiros, Kowalski, Patterson, Riley, e muitos outros menos afortunados que deram a vida deles pelo navio.
O TÚNEL DO TEMPO
Num deserto americano uma base do governo trabalha no projeto conhecido internamente como Túnel do Tempo, um projeto ultra secreto que está aperfeiçoando as viagens atrevés do tempo. Com a ameaça de corte de verba no projeto antes que o mesmo possa demonstrar sua eficácia, o cientista Tony Newman (James Darren) entra no túnel , volta no tempo, e acaba aparecendo no transatlântico Titanic, no dia em que acontecerá o fatídico acidente. Na tentativa de resgatar Tony, seu companheiro de projeto, o cientista Douglas Phillips (Robert Colbert) também entra no túnel mas não consegue convencer o capitão do navio do triste destino que o futuro lhe reserva. Para salvar ambos do naufrágio do Titanic os cientistas resolvem transportá-los para uma outra época qualquer. A partir deste momento Tony e Doug acabam perdidos no tempo, vivendo suas aventuras viajando para o passado e para o futuro até que possam ser resgatados pelos cientistas do Túnel e voltar a sua própria época.Este foi um estupendo seriado criado por Irwin Allen mas que infelizmente teve apenas uma temporada com 30 episódios produzidos de 1966 a 1967 e exibidos no Brasil nos anos 70 e 80.
PERDIDOS NO ESPAÇO
Seguindo a linha de produção de Irwin Allen, logo se seguiu a série de maior sucesso de todas que Allen produziu: Perdidos no Espaço (Lost in Space). Começou em 1965 e foi até 1968. A série tem início com a partida da espaçonave Júpiter 2 em busca de um planeta para salvar a humanidade da superpopulação. A nave decolou em 16/10/1997, com um sabotador a bordo, o Dr. Zachary Smith. Ao sabotar o robô que acompanha a missão, Smith coloca os tripulantes em perigo e literalmente perdidos no espaço. Jonathan Harris, que deveria morrer no sexto capítulo, acabou conquistando o público e “sobrevivendo”. Infelizmente, a série decaiu quando os produtores resolveram levar a coisa pro lado do humor, beirando o ridículo, às vezes. As estrelas desses pastiches eram o trio formado por Smith, o robô e Will Robinson. Mas quando se é criança tudo é diversão. Uma refilmagem da série foi feita em 1998, com efeitos impressionantes e visual caprichado, mas roteiro fraco, que não conquistou os fãs antigos (nem fez novos) e muito menos a crítica.
 
TERRA DE GIGANTES
Irwin Allen produziu TERRA DE GIGANTES de setembro de 68 a março de 1970. Contava a história de uma nave espacial em um vôo comercial de Nova York a Londres que se perde após passar por uma nuvem estranha, indo parar num planeta idêntico a Terra, mas onde as pessoas são gigantes. As 7 pessoas que estavam na nave, incluindo o garoto Barry, além do cão Chipper, têm de fugir das pessoas que querem capturá-los, durante todos os episódios. Era sempre engraçado ver um gigante agarrando um deles. A cena mostrava apenas as pernas se movimentando, num efeito mecânico das pernas se mexendo por entre a mão fechada do gigante. "Terra de Gigantes"  tinha um alto custo de produção devido, principalmente, aos cenários.Bom, é isso! Espero que tenham gostado e deixem seus comentários. Esta homenagem ao grande Irwin Allen é dedicada especialmente ao meu primo e amigo Jonas e todos da minha geração que embarcavam todas as tardes nas aventuras do incrível Seaview e sua corajosa tripulação. Valeu, abração!

3 comentários:

Vânia Cecília disse...

Êta tempo bom da vida!!! Foi muito bom morgar diante da TV vendo o Dr. Smith, antipático mas gerador motriz dos "Perdidos. E o robô era massa, principalmente quando sabotado pelo Dr., ficava com os braços balançando e não conseguia se comunicar e a fumaça subia feio... e o garotinho todo "energizer" fazia a ligação do mundo do robô/Dr. Smith para os adultos bem comportados do bem, que acabavam tendo que se entregarem às aventuras mais difíceis, intrigantes, para safarem a si mesmos e até o Dr. Smith, que tinha mais jeito de um menino rabujento/rebelde do que de um inimigo cruel/sabotador. Esta parte da vida foi muito valiosa, gastei tempo a beça vendo "Viagem ao Fundo do Mar" também, mas ajudou meu imaginário a ficar mais fértil. Só a música já "ligava" a criança naquele mundo de bolhas e perigos constantes. Lembro do Comandante Nelson dizendo: Kowalski!!! é a fala mais lívida em minha memória. Mas nada se comparava a "Terra dos Gigantes" e os apertos deles eram mais "darksides" do que dos outros seriados. Era uma exposição em que a inteligência do pessoal "pequeninos" tinha que ser aguda e rápida para safar o delicado e frágil corpinho das mãos de uma criança dengosa que queria brincar, de um cara equivocado que queria ganhar a vida com eles... era uma quizumba muito deliciosa, o coraçãozinho ficava apertado querendo salvar o povo. Na verdade, anterior a isso já ficava viajando nessa de ter amigos pequeninos, passou das bonequinhas que enfeitavam bolos de aniversário com tema de circo, a uma turma imaginária que me acompanhou um bom tempo. O Irwin só veio confirmar de que sonhar, imaginar, ter ideias sempre será o verdadeiro mundo em que se está, e para isto não se precisa de "drugs" nehuma, mas de ir além como criança. Seu Blog Edu está blog...!, blog...!, blog...!, glup! (engoli!!!)

João Carlos disse...

Fantástico post EDU, que faz jus ao realmente genial IRWIN. Eu dou graças por ter curtido todos esses seriados da época ! Era fã de todos. A gente, no colégio botava apelidos nos colegas com o nome dos personagens. Um amigo me disse que o ator que fazia o Dr. Smith esteve no Brasil e não gostou do seu dublador. A gente adorava !

Valdir Junior disse...

Assitia a todos quando eu era criança , e hoje ainda me encanto com essas estorias e vejo o quanto ela estavam a frente de seu tempo ( como toda boa ficção cientifica ).
Valeu Edu !!!!
Voltei no tempo, Rsrsrsrsr !!!

Abração e Feliz 2013 !!!