sexta-feira, 30 de março de 2012

PAUL McCARTNEY - I'VE GOT A FELLING - HOWEVER ABSURD!

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ONLY MAMA KNOWS - CADA VEZ MAIS IMPRESSIONANTE...

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SGT. PEPPER'S PHOTO SESSION

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No dia 30 de março de 1967, os Beatles posaram para a sessão fotográfica para a capa do álbum “Sgt. Pepper´s Lonely Hearts Club Band” no Chelsea Manor Studios em Londres. O fotógrafo foi Michael Cooper e a criação de Peter Blake. Link para a matéria sobre Blake do Baú do edu: http://obaudoedu.blogspot.com.br/2011/06/arte-magica-e-pop-de-peter-blake.html

O FIM DA PICADA - QUEREM ACABAR COM ABBEY ROAD

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Um dos maiores patrimônios turísticos do mundo (certamente o maior da Beatlemania), a faixa de pedestre de Abbey Road, está sendo mutilada. Algo simplesmente utrajante! Leia a matéria completa no portal Beatles Brasil - "Estão matando a faixa de pedestres de Abbey Road" - http://www.thebeatles.com.br/

FOTO DO DIA - JOHN LENNON

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ERIC CLAPTON - 67 ANOS

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ERIC CLAPTON IS HERE! ÔBA!

Eric Patrick Clapton nasceu em Ripley, Inglaterra em 30 de março de 1945.
Embora seu estilo musical tenha variado ao longo de sua carreira, Clapton sempre teve suas raízes ligadas ao blues. Sempre foi considerado inovador pelos críticos em várias fases distintas de sua carreira, atingindo sucesso tanto de crítica quanto de público e tendo várias canções listadas entre as mais populares de todos os tempos.
A mãe do pequeno Eric, tinha 16 anos quando ele nasceu. Foi criado pela avó e pelo marido desta, acreditando que eles eram seus pais e que sua mãe era sua irmã mais velha. Descobriu a verdade aos 9 anos e essa revelação foi um momento muito marcante na sua vida. Depois disso, ele deixou de se aplicar na escola e se tornou um garoto calado, tímido, solitário e distante da família. Seu primeiro emprego foi como carteiro e, aos 13 anos de idade, ganhou seu primeiro violão. Apesar da dificuldade inicial de aprender a tocar o instrumento, quase desistindo, acabou se esforçando para tocar os primeiros acordes influenciado por canções antigas de blues, que tentava reproduzir. Em pouco tempo, já dedicava horas diárias ao aprendizado, e foi conseguindo dominar o instrumento.
Depois de completar o ensino básico, em 1962 Clapton fez um ano introdutório na Kingston College of Art, mas não continuou o curso. Em janeiro de 1963, ingressou na banda The Roosters, onde permaneceu 6 meses. Ainda em 63, passou a integrar a banda Yardbirds, que começava a fazer sucesso nas terras da rainha. Entretanto, fiel à suas raízes blues, recusou-se a seguir a direção pop escolhida pelo grupo, e acabou saindo em março de 1965. Depois de um tempo em empregos temporários, entrou para a John Mayall & the Bluesbreakers, estabelecendo seu nome como músico de blues e inspirando o fanatismo de jovens que pichavam Londres com a inscrição "Clapton is God" ("Clapton é Deus").
Largou os Bluesbreakers em 1966 e formou o Cream, um dos primeiros "power trios" do rock, com Jack Bruce e Ginger Baker. Foi nessa época que Eric começou a desenvolver-se como cantor, embora Bruce, um dos melhores vocalistas do rock, fizesse a maioria dos vocais.
No final de 1966 o status de Clapton como melhor guitarrista da Grã-Bretanha foi abalado com a chegada de Jimi Hendrix. Hendrix compareceu a uma das primeiras apresentações do Cream, no London Polytechnic em 1 de outubro de 1966, e tocou uma jam com a banda durante "Killing Floor". Eric imediatamente percebeu que havia ganho um imbatível adversário, cujo carisma era igualado somente por sua incrível técnica na guitarra. Os primeiros shows de Hendrix no Reino Unido foram assistidos pela maioria dos astros da música britânica, incluindo Clapton, Pete Townshend e os Beatles. A chegada do americano teria um impacto profundo e imediato na próxima etapa da carreira de Clapton.
Goodbye, álbum de despedida da banda, apresentava faixas ao vivo gravadas no Royal Albert Hall, assim como a versão de estúdio de "Badge", composta por Clapton e George Harrison.

A amizade próxima dos dois resultou na performance de Clapton em "While My Guitar Gently Weeps", lançada no White Album dos Beatles. Ao acompanhar de perto o sofrimento da esposa de Harrison, Pattie Boyd, que vivia abandonada em razão do interesse do marido pela cultura hindu, Eric acabou se apaixonando. E o sofrimento por amar a mulher de seu melhor amigo o inspiraria a compor uma das suas canções mais conhecidas: "Layla".
Fundou o menos-sucedido Blind Faith (1969), com Baker, Steve Winwood e Rick Grech, resultou em um álbum fraco e uma turnê norte-americana cancelada. Já aí Clapton estava cansado de sua fama e do burburinho que cercava o Cream e o Blind Faith, além de ter ficado profundamente afetado pela música do The Band – com o qual de fato ele já havia pedido para se juntar depois do fim do Cream. Clapton então decidiu ficar um pouco nas sombras, e passou a viajar em turnê como convidado do grupo americano Delaney and Bonnie and Friends. Ele tornou-se amigo íntimo de Delaney Bramlett, que o encorajou a voltar a compor e a cantar. Usando a banda de apoio de Bramletts e um elenco estelar de músicos de estúdio, Clapton lançou seu primeiro disco solo em 1970, que trazia uma de suas melhores composições: “Let It Rain”.
Trabalhando no Criterion Studios em Miami com o produtor Tom Dowd, a banda gravou um brilhante álbum duplo, hoje em dia considerado como a obra-prima de Clapton: Layla and Other Assorted Love Songs. A maioria do material, incluindo a faixa título, foram inspirados pelo conto árabe Majnun e Layla e mostravam o grande amor não declarado de Clapton por Patti Harrison. “Layla” foi gravada em duas sessões distintas; a seção de abertura na guitarra foi gravada primeiro, e para a segunda seção, o baterista Jim Gordon compôs e tocou o elegante trecho ao piano.


Mas a tragédia marcou o grupo durante sua breve carreira. Durante as sessões, Clapton ficou devastado com a notícia da morte de Jimi Hendrix; a banda gravou uma versão tocante de “Little Wing” como um tributo a ele, adicionando-a ao álbum. Um ano depois, Duane Allman morreu em um acidente de motocicleta. Contribuindo mais para o sofrimento de Clapton, o álbum Layla receberia somente algumas poucas críticas neutras quando de seu lançamento.
O esfacelado grupo resolveu iniciar uma turnê norte-americana. Apesar da admissão posterior de Clapton de que a turnê ocorreu em meio a uma verdadeira orgia de drogas e álcool, aquilo acabou resultando em um poderoso álbum ao vivo, In Concert. Mas o grupo se desintegraria pouco tempo depois em Londres, na véspera da gravação de seu segundo LP de estúdio. Embora Radle tenha continuado a trabalhar com Clapton por vários anos, a briga entre Eric e Bobby Whitlock foi aparentemente feia, e eles nunca mais voltariam a tocar juntos. Outra trágica nota de rodapé para a história do Dominos foi o destino de seu baterista Jim Gordon, que sofria de esquizofrenia não-diagnosticada – anos depois, durante um surto psicótico, ele mataria a própria mãe a marretadas, sendo confinado em um hospício, onde permanece até hoje.
Apesar de seu sucesso, a vida pessoal de Clapton encontrava-se em estado deplorável. Além de sua paixão por Pattie Boyd-Harrison, ele parou de tocar e se apresentar e tornou-se viciado em heroína, o que resultou em um hiato em sua carreira. A única interrupção notável desse hiato foi sua participação no Concerto para Bangladesh - organizado por George Harrison - e, depois, pelo “Rainbow Concert”, organizado por Pete Townshend do The Who para ajudar Clapton a largar as drogas.
Relativamente limpo novamente, Clapton começou a organizar uma nova e forte banda, que incluía Radle, o guitarrista George Terry, o baterista Jamie Oldaker e as backing vocals Yvonne Elliman e Marcy Levy. Eles viajaram em turnê ao redor do mundo, posteriormente lançando o soberbo E.C. Was Here (1975).
Clapton lançou 461 Ocean Boulevard em 1974, álbum mais enfatizado nas canções ao invés de sua técnica na guitarra. Sua versão de “I Shot The Sheriff” foi um grande sucesso, sendo importante ao apresentar o reggae e a música de Bob Marley para um público mais extenso. Ele também promoveu o trabalho do cantor-compositor-guitarrista J.J.Cale. Eric continuou a gravar e a fazer turnês regulares, mas a maioria de seu trabalho desta época foi deliberadamente mais calmo, fracassando em obter a mesma repercussão do início de sua carreira.
O final dos anos 70 viu um Clapton com dificuldades de se acertar com a música popular, causando uma recaída no alcoolismo que o levou a ser hospitalizado e depois internado para um período de convalescência em Antígua, onde ele mais tarde apoiaria a criação de um centro de reabilitação.
Em 1985 Clapton conheceu Yvone Khan Kelly, com quem ele começaria um relacionamento. Eles tiveram uma filha, Ruth, que nasceu no mesmo ano. Clapton se divorciaria de Pattie Boyd em 1988. Também em 85, juntou-se a Carl Perkins, George Harrison, Ringo Starr e Dave Edmunds numa ábum sensacional em homenagem à Carl.

No começo dos anos 90 a tragédia voltaria a atormentar a vida de Clapton em duas ocasiões. No dia 27 de agosto de 1990 o guitarrista Stevie Ray Vaughan (que estava em turnê com Eric) e dois membros de sua equipe de apoio morreram em um acidente de helicóptero. No ano seguinte, em 20 de março de 1991, Conor, filho de quatro anos de Clapton com a modelo italiana Lori Del Santo, morreu depois de cair da janela de um apartamento. Um instantâneo da dor de Clapton pôde ser visto com a canção “Tears In Heaven”, My Father's Eyes (Pilgrim, 1998) e Circus Left Town (Pilgrim, 1998).

Em 1999, Clapton, então com 56 anos, conheceu a artista gráfica Melia McEnery, 25, em Los Angeles enquanto trabalhava em um álbum com B. B. King. Eles se casaram em 2002 e tiveram três filhas, Julia Rose (2001), Ella May (2003) e Sophie, nascida em 2005. Em 2001, mais um grande golpe com a perda do melhor amigo George Harrison em 29 de novembro.
Exatamente um ano após a morte de George Harrison, Olívia Harrison, e Eric Clapton, organizaram o Concert for George, no Royal Albert Hall, em Londres. O concerto contou com a presença do filho de George, Dhani, além de grandes amigos como Ravi Shankar, Tom Petty, Jeff Lynne, Billy Preston, Jim Capaldi, Paul McCartney, Ringo Starr, Jools Holland, Albert Lee, Sam Brown, Gary Brooker, Joe Brown, Ray Cooper, integrantes do Monty Python e Tom Hanks.


Em 3 de novembro de 2004, Clapton foi condecorado com o título de Comandante da Ordem do Império Britânico.

quinta-feira, 29 de março de 2012

GEORGE HARRISON - 1974

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AS MUITAS FACES DE ERIC IDLE - O PYTHON - O RUTLE

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Eric Idle completa hoje, 68 anos. Ele nasceu em 29 de março de 1943 em South Shields, Durham, Inglaterra. É um artista eclético e ainda ativo. Esse Eric, que não é o deus, dizem que é compositor, guitarrista, ator, escritor, poeta e comediante – um artista completo e multimídia. E é mesmo!Idle escreveu e atuou como membro de um dos mais famosos e importantes grupos de humor da Inglaterra do século XX: “Monty Python”. Junto com Terry Gillian, era co-autor de 90% do besteirol refinado inglês. Eric Idle também emprestou sua voz para o filme "A Espada Mágica" como Devon, e para o filme "Shrek 3" como Merlin. Eric também é conhecido por intepretar o Flautista de Hamelim na conhecida série de TV - Contos de Fada - exibida no Brasil pela tv Cultura. Eric Idle recebeu a graça de conhecer George Harrison em 1970 e nunca perderam a amizade. Em “The Concert 4 George”, Iddle primeiro se apresenta com os sobreviventes do “Python”. No início, fazendo a plateia sorrir, e no final... chôrôrô geral, de forma emocionante.

Curioso, que as últimas fotos de Idle, me lembram as últimas de George... acho os olhos são bem parecidos... Eric Idle apareceu também em filmes como: “As Aventuras do Barão de Monchausen”, “Gasparzinho”, “Polícia Desmontada” e “South Park”. Sem contar que era Paul McCartney na época dos Rutles, que a gente confere agora com o megasucesso “I MUST BE IN LOVE”. Valeu! Abração, Eric Idle... aquele abração. Remember: quando encontrar o Rare Rare, transmita meu carinho, meu amor...

quarta-feira, 28 de março de 2012

A MAGIA DE UMA RUA QUE ATRAVESSA O TEMPO

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"Rua da Abadia" é o significado em português de Abbey Road. Naquela rua simples, muito tempo atrás, havia um mosteiro e daí veio o nome. Mas a fé nunca deixou o lugar. Depois da abadia, o estúdio eternizado pelo álbum homônimo transformou o local em templo de adoração de uma religião de seguidores fanáticos pelos Beatles.
A faixa de pedestres mais famosa do mundo fica no final de uma rua que tem em torno de 1.500 metros de extensão – mais precisamente, na esquina das ruas Abbey Road com Grove End, em Londres. Foi esse cruzamento que os Beatles eternizaram na capa do último álbum lançado pelo quarteto em 26 de setembro de 1969, “Abbey Road” – mesmo nome do estúdio onde os Fab Four gravaram a maior parte das suas músicas. De lá para cá, a capa dos Beatles já foi reproduzida milhares de vezes.
O prédio em estilo georgiano foi construído em 1813, na arborizada região de St. John’s Wood, e adquirido pela Gramophone Company em 1931. Depois de uma fusão, a empresa adotou o nome Electric and Musical Industries Ltd - EMI.
Abbey Road fica entre os bairros de Kilburn e St. John’s Wood, e a origem do seu nome se perdeu na memória. O livro “Old and new London” (“Antiga e nova Londres”), de 1878, diz que o nome provavelmente vem de uma capela instalada no centro da vila de Kilburn.
A vila foi incorporada à cidade à medida em que Londres cresceu no sentido noroeste, mas o nome da rua se manteve. Além dos estúdios, ela dá nome ao banco Abbey, que foi fundado em uma igreja batista também em Abbey Road, no século XIX.
O cruzamento fica a poucos minutos de caminhada da estação de metrô de St. John’s Wood, na Jubilee Line. Dentro da estação fica o “Beatles Coffee Shop”, mistura de café e loja de souvenirs da banda. O estabelecimento foi comprado há três anos pelo casal Richard e Irina Porter. Richard também é guia turístico especializado em Beatles, e escreveu o “The Official Abbey Road Cafe Guide”. O livro, que mostra os principais lugares que os beatlemaníacos devem visitar, está esgotado. “Mas estamos preparando uma nova tiragem”.
Saindo da estação de metrô, o fã que quiser chegar até a faixa de pedestres deve virar à direita, acompanhando a rua Grove End. Três quadras depois, vai se deparar com um monumento em um cruzamento – ali é a meca. Abbey Road.
O monumento branco, adornado por uma estátua de uma mulher nua, é uma homenagem ao poeta Edward Onslow Ford, morto em 1901 e morador da região. A estátua é uma réplica da imagem da Musa da Poesia, que Onslow esculpiu para adornar o túmulo do poeta P. B. Shelley.
O cruzamento tem um trânsito movimentado, o que não impede os fãs de continuarem atravessando para tirar fotografias como os Beatles. Na esquina, fica um conjunto de apartamentos chamado Abbey House – a região é predominantemente residencial, e foi um dos primeiros “subúrbios” de Londres, começando a ser ocupada dessa forma a partir do século XIX.
Em frente ao monumento ficava uma placa indicando a rua, mas a prefeitura a removeu em 2007, porque era grafitada e roubada constantemente. A placa agora está sendo leiloada no site e-Bay, e o dinheiro arrecadado será usado na manutenção das ruas da região.
Ao lado da Abbey House está um muro branco cheio de rabiscos. Ali fica o complexo de estúdios Abbey Road. As mensagens e desenhos deixados pelos fãs dos Beatles não ficam expostas para sempre, porque o muro é repintado com frequência. Além disso, os estúdios mantêm uma webcam ligada durante 24h, apontada para faixa de pedestres, que pode ser acessada pela internet.

O complexo de estúdios ocupa uma casa georgiana, construída em 1831, e adquirida pela Gramophone Company em 1931. Abbey Road tem três estúdios, baseados no tamanho dos grupos usados para executar peças de música erudita. O Estúdio Um comporta uma orquestra sinfônica inteira, o Estúdio Dois (onde os Beatles gravavam) tem espaço para uma orquestra de 35 peças e no Estúdio Três é possível acomodar um pequeno grupo de câmara.
No mesmo ano em que o estúdio foi inaugurado, a Gramophone Company se fundiu com a Columbia Company, criando a Electrical and Musical Industries - EMI. Em 1962, os Beatles entraram lá pela primeira vez para uma sessão de gravação com George Martin, que se tornaria o produtor e fiel escudeiro (ao menos nos assuntos sonoros) dos Fab Four, e lá ficaram até o fim. E até depois dele.
Apesar de não terem sido os primeiros no rock, os Beatles usaram o estúdio como instrumento para outra revolução – a psicodelia. A partir de meados da década de 60, deixaram de excursionar e começaram a trabalhar seus álbuns somente dentro de Abbey Road. Faixas como “Tomorrow Never Knows” e “Strawberry Fields Forever” exploravam todas as possibilidades do estúdio – mesmo que na época as mesas de gravação tivessem apenas quatro canais. “A Day In The Life”, última música do disco “Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, contou com uma orquestra de quarenta músicos, aproveitando o espaço do Estúdio Um.

Além da faixa de pedestres, o nome do álbum ajudou não apenas a tornar definitivamente famoso o estúdio, como também tornou aquela faixa de pedestres e aquele cruzamento, os mais famosos do mundo. Pontos turísticos obrigatórios de qualquer turista mais saudoso que queira dar uma volta ao passado. Dizem que, quando Rita Lee esteve lá, lambeu a maçaneta da porta que os rapazes abriam naturalmente todos os dias para trabalharem. Depois de toda a mágica que os Beatles deixaram ali, naquele estúdio, o sonho de qualquer artista que ganha “um qualquer” é gravar lá. E a lista é bem grande! É claro que a brasileirada também já fez sua fezinha gavando lá: Legião Urbana, Skank e Roupa Nova, sem contar tantos que não caberiam aqui. O estúdio se modernizou de diferentes maneiras, incluindo equipamentos de gravação digital e um serviço especial – a masterização on-line. Qualquer artista pode enviar as faixas de seu disco para serem masterizadas em Abbey Road pela internet. E, parece que não é tão caro assim. Também não é só atravessar a rua.

ABBEY ROAD - O CLÁSSICO DOS CLÁSSICOS

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Sete anos depois das primeiras gravações nos estúdios Abbey Road, os Beatles voltaram para as que seriam as últimas sessões. Em junho de 1962, eles eram rapazes provincianos de olhos arregalados prontos para deixar sua marca no mercado musical. Em julho de 1969, tinham se tornado homens sofisticados, cansados do mundo, com as vidas dete­rioradas pelas lutas por poder e dinheiro.

As músicas de Abbey Road refletem essas frustrações. São sobre nego­ciações legais, dívidas não pagas, roubos, karma ruim e, de modo geral, sobre carregar o peso do mundo nas costas. Havia até uma canção falsamente alegre sobre um martelo de prata (o "martelo de Maxwell") esperando para bater em você quando as coisas começam a melhorar. Apesar desse humor - ou talvez por causa dele - Abbey Road foi um presente de despedida excepcionalmente criativo. Ele traz duas das melhores canções de George, "Here Comes The Sun" e "Something", uma criação atípica de John, "ComeTogether", e um medley de canções inacabadas habilmente entremeadas por Paul. George Martin lembra que, depois de Let It Be, Paul pediu que ele produzisse um álbum dos Beatles com o tipo de sensação que a banda costumava produzir jun­ta. Martin concordou em ajudar se os Beatles estivessem preparados para oferecer sua cooperação. "Foi assim que fizemos Abbey Road. Não era exatamente como nos velhos tempos porque eles ainda estavam trabalhando nas canções antigas e traziam outras pessoas para traba­lhar como músicos contratados, em vez de trabalharem em equipe." Na Inglaterra, Abbey Road foi lançado em setembro de 1969 e ficou no primeiro lugar por dezoito semanas. Nos EUA, foi lançado em outubro e foi o número 1 por onze semanas.


Abbey Road foi o 12° álbum de estúdio lançado pelos Beatles. O álbum leva o mesmo nome da rua de Londres onde situa-se o estúdio Abbey Road. Foi produzido e orquestrado por George Martin para a Apple Records. Abbey Road está na lista dos 200 álbuns definitivos do Rock and Roll Hall of Fame.

Apesar de ter sido o penúltimo álbum lançado pela banda, foi o último a ser gravado. As músicas do último disco lançado pelos Beatles, Let It Be, foram gravadas alguns meses antes das sessões que deram origem a Abbey Road. O álbum é considerado um dos melhores do grupo e parecia que os momentos de turbulências tinham passado e tudo havia voltado ao normal entre eles, mas na verdade o maior problema da banda começou a esquentar: Guerra de poderes. Após a morte de Brian Epstein, Paul McCartney sugeriu que Lee Eastman, advogado de sucesso e pai de Linda Eastman, tomasse conta dos negócios mas os outros Beatles desconfiando e visando uma proteção maior ao legado de todos sugeriram que Allen Klein, (que era promotor dos Stones e já vinha tentando "roubar" os Beatles de Epstein há muito tempo), era a melhor opção pelo seu jeito convicto de "homem das ruas". McCartney não concordou por achar absurdo pagar 15% de todos os lucros para Klein. Após a separação da banda, Eastman foi advogado da carreira solo de Paul e Allen Klein foi a justiça por ter roubado uma média de 5 milhões dos Beatles. O restante dos Beatles mantiveram contrato com Klein até 1977.



George Martin produziu e orquestrou o disco junto com Geoff Emerick como engenheiro de som, Alan Parsons como assistente de som e Tony Banks como operador de fitas. Martin considera Abbey Road o melhor disco que os Beatles fizeram. E não é por menos: ele é o mais bem acabado de todos, um dos mais cuidadosamente produzidos (comparável somente a Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band). Sua estrutura foi bastante pensada e discutida, e as visões discordantes dos integrantes da banda só contribuíram para a riqueza da criação final.




Também foi em Abbey Road que George Harrison se firmou como um compositor de primeira linha. Após anos vivendo sob a sombra de John Lennon e McCartney, ele finalmente emplacou dois grandes sucessos com este álbum: "Here Comes the Sun" e "Something". Ambas foram regravadas incessantemente ao longo dos anos, sendo que Something chegou a ser apontada pela revista Time como "a melhor música do disco" e como a segunda música mais interpretada no mundo, atrás somente de "Yesterday", também dos Beatles.
Este disco foi marcado pelo uso de novos recursos tecnológicos que estavam surgindo na época. Um deles foi o sintetizador Moog, que começava a ser utilizado em maior escala dentro do rock. Ele possibilitava que virtualmente qualquer som fosse gerado eletronicamente. O Moog pode ser notado claramente em músicas como "Here Comes the Sun", "Maxwell's Silver Hammer" e "Because". Por seu trabalho em Abbey Road, os engenheiros de som Geoff Emerick e Phillip McDonald ganharam o Grammy.


Após as desastrosas sessões de gravação do álbum então chamado de "Get Back" (mais tarde intitulado "Let It Be" para publicação), Paul McCartney sugeriu ao produtor George Martin que os Beatles se reunissem e fizessem um álbum "como nos velhos tempos… como a gente fazia antes", gravado ao vivo, sem overdubs e, logicamente, livres dos conflitos que começaram com as sessões do Álbum Branco. Martin pensou, levou em consideração o acontecido de ter sido produtor secundário do álbum Get Back e aceitou, mas com a condição que a banda se comportasse "como nos velhos tempos", e ele seria tratado como o "produtor dos velhos tempos" também. Queria o consentimento de Lennon que aceitou numa boa pois eles estavam loucos para compor e gravar. Porém algumas faixas como "Something" e "Golden Slumbers/Carry That Weight/The End" seguiram o estilo do Álbum Branco, de gravar individualmente. Mas o resultado final acabou sendo este grande álbum, considerado por muitos críticos como o melhor da banda, e segundo a revista Rolling Stone o 14° melhor álbum de todos os tempos.

Quando foi gravado na época do vinil, o álbum tinha dois lados bem distintos entre si, a fim de agradar tanto a Paul McCartney como a John Lennon individualmente. O lado A, que ia de "Come Together" a "I Want You", foi feito para agradar a Lennon. È uma coleção de faixas individuais, enquanto que o lado B (para agradar a McCartney) contém uma longa coletânea de curtas composições que seguem sem interrupção. A sequência de juntar músicas inacabadas criadas por McCartney e Lennon em um enorme pout-pourri foi ideia de Paul, constituindo-se numa espécie de ópera dentro do disco. No entanto, diferente de Sgt. Pepper's, considerar Abbey Road um disco conceitual é um engano. "È um bom disco de Rock&roll", disse Harrison.