quarta-feira, 20 de maio de 2009

DONOVAN - A SERENIDADE DO BARDO ESCOCÊS

Donovan, no final dos anos 60, foi considerado como uma resposta britânica à Bob Dylan. Muita gente discorda da afirmação, principalmente porque a única ligação entre os dois estava ligada à musica folk, no caso de Donovan, a escocesa, enquanto Dylan ia por um caminho parecido nos Estados Unidos. Mas as semelhanças param por aí, enquanto Dylan fazia letras mais políticas, introspectivas e realistas, Donovan seguia trilhas mais alegres, mais etéreas, ligadas ao movimento flower-power, com letras falando de coisas místicas e psicodélicas.

Donovan Philips Leitch nasceu em 10 de maio de 1946, em Glasgow, mas mudou-se para Londres rapidamente. Com 18 anos gravou sua primeira demo e em 1965 passou a se apresentar regularmente no programa de TV Ready, Steady, Go!. Logo lançou seu primeiro single, Catch the Wind e as comparações com Dylan começaram. O single, entretanto, entrou no Top 5 da parada inglesa e rendeu, até, uma conversa entre os dois músicos, capturada no documentário Don´t Look Back.
O single seguinte, Colours, também se transformou em grande hit e o cantor resolveu fazer sua estréia nos Estados Unidos, durante o Newport Folk Festival, em 1965. No ano seguinte lança Fairytale, seu segundo e último trabalho pela Hickory. No mesmo ano assina com a Epic, pela qual lança Sunshine Superman, recheado de arranjos exóticos e psicodélicos. Seu primeiro single, a faixa título, chega ao topo das paradas nos Estados Unidos e na Inglaterra, com a estranha Mellow Yellow batendo no número dois poucos meses depois
Donovan volta às paradas em 1967, com uma série de hits, como Epistle to Dippy, There Is a Mountain e Wear Your Love Like Heaven. No mesmo ano viaja para a Índia com os Beatles para estudar com o Maharishi Mahesh Yogi. A viagem o inspira a deixar as drogas e a exercitar a meditação. Voltando para a Inglaterra, grava um disco duplo, A Gift from a Flower to a Garden. No ano seguinte mais um sucesso, The Hurdy Gurdy Man, que chega ao Top 5, e faz de Jennifer Juniper um hit

Na Índia, com o Maharishi e os Beatles

Barabajagal, lançado em 1969, foi o último hit do cantor, entrando no Top 40 das paradas. Atlantis contou com a colaboração do Jeff Beck Group, que também trabalhou com Donovam em Open Road, de 1970. Depois do lançamento de Open Road, Donovan vai para a Irlanda, voltando apenas em 1972 quando participou do filme The Pied Piper.
Dois novos discos são lançados em 1973, mas ambos os trabalhos foram considerados fracos pela crítica. Em 1974 um novo trabalho, 7-Tease, e uma nova mudança, agora para os Estados Unidos, onde vive durante dois anos no deserto Joshua Tree e grava Slow Down, de 1976. No ano seguinte mais um trabalho, levando apenas o nome do músico, é lançado. Seis anos se passam até que Lady of the Stars, produzido por Jerry Wexler, chega às lojas. Neste ano, Donovan assume que está se aposentando e passa vários anos sem gravar ou escrever alguma nova canção.
Até que em 1991 um revival em torno do seu nome começa devido a uma canção dos Happy Mondays que o homenageia. No mesmo ano, Donovan sai em turnê ao lado do grupo e cinco anos depois, em 1996, lança Sutras, disco produzido por Rick Rubin, coincidentemente, Rubin trabalha com Johnny Cash, que lança American Recordings quase ao mesmo tempo que o trabalho de Donovan. Coincidentemente, ambos os discos são totalmente ignorados pela crítica.

O cantor faz alguns poucos shows para divulgar Sutras e desaparece novamente, tocando apenas uma ou outra vez. Em 2004, entretanto ele volta com Beat Cafe, coletânea produzida por John Chelew. A Sony lança, no ano seguinte, o CD/DVD Try for the Sun: The Journey of Donovan e em 2006 a EMI coloca à venda um disco ao vivo In Concert: The Complete 1967 Anaheim Show, gravado,obviamente, em 1967.

Baixe agora o álbum "Barabajagal", um de seus últimos grandes sucessos de público e critíca.O lendário Jeff Beck Group (na época Jeff Beck, Ron Wood, Nicky Hopkins e Tony Newman) participa das faixas "Barabajagal" e "Trudi" do lançamento original e em várias das faixas bônus do relançamento. Um disco que se tornou espelho do fim da década de sessenta Edição com 13 faixas bônus, contendo demos e algumas faixas até então inéditas. IMPERDÍVEL!

Um comentário:

Unknown disse...

Olá Edu, achei seu blog nessa madrugada enquanto procurava algumas informações sobre alguns álbuns do Donovan, que por acaso é um dos meus cantores favoritos.
Fiquei muito feliz por ter achado seu blog <3